quinta-feira, 10 de março de 2016

OS PRIMEIROS TEMPOS


O açude, agente da modernidade, trouxera fartura, mas, nos primeiros anos após a fundação do povoado de Lima Campos, seus habitantes e os demais que residiam no entorno, em alguns aspectos viviam de forma semelhante aos que viveram ali em tempos mais recuados.
Os partos eram feitos por parteiras que aprenderam o ofício vendo outras parteiras mais velhas, seus instrumentos de trabalho eram uma tesoura, um novelo de fio, banha de porco, um rosário e algumas orações protetoras, orações estas ainda usadas, juntamente com o rosário, em favor de parturientes de agora, que fazem o pré-natal e contam com postos de saúde, hospitais e médicos.
O atendimento ás doenças era feitos por alguns práticos de farmácia de Icó e, principalmente, pelas rezadeiras, que possuíam um repertório extenso de orações para todos os males. Algumas dessas rezadeiras, que ainda hoje são presentes e muito requisitadas na vila que agora pretende ser cidade, havia também preventivos era recomendado pelo o padre Frota, vigário do icó, sacerdote respeitado pela a sapiência. Ele recomendava aos paroquianos que bebesse em cálice diário da branquinha do Aracati, hábito que evitava muitas enfermidades, a recomendação é seguida até hoje por alguns habitantes de Lima Campos, que descobriram os mesmo efeitos profiláticos em outras cachaças originárias do Acarape, de Maranguape, de Aquiraz  do cariri.

Do Livro: Bem Vindo ao Reino do Louro e da Peixada de José Mapurunga.

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